Uma seleção de crônicas onde se destaca a persona criada pelo autor ao longo dos anos. Cultor da autodepreciação, do pessimismo existencial, do falhanço amoroso e do desajuste social, Pedro Mexia manipula com mestria o jogo autobiográfico.
“Recentemente, um vizinho meu veio ter comigo no café para me parabenizar por estas crónicas. Porém, quase baixando a voz, acrescentou um pedido: Não escreva tanto sobre si mesmo. Ouvi e agradeci o comentário do meu distinto vizinho. Mas não lhe cheguei a responder isto: eu não escrevo sobre mim.
Algumas dessas crónicas sobre mim não são de facto sobre mim. Se fossem, certamente não interessavam a ninguém (sobretudo não me interessavam a mim). Essas crónicas são também, assim o espero, sobre si, leitor. Meu atento leitor, meu semelhante, meu irmão.”
—Pedro Mexia
“Recentemente, um vizinho meu veio ter comigo no café para me parabenizar por estas crónicas. Porém, quase baixando a voz, acrescentou um pedido: Não escreva tanto sobre si mesmo. Ouvi e agradeci o comentário do meu distinto vizinho. Mas não lhe cheguei a responder isto: eu não escrevo sobre mim.
Algumas dessas crónicas sobre mim não são de facto sobre mim. Se fossem, certamente não interessavam a ninguém (sobretudo não me interessavam a mim). Essas crónicas são também, assim o espero, sobre si, leitor. Meu atento leitor, meu semelhante, meu irmão.”
—Pedro Mexia